Às vezes, quando saímos para pregar a Palavra de Deus, nos sentimos envergonhados ou até mesmo com medo. Temos em mente uma dúvida sobre o que as pessoas vão falar ou o que vão pensar a nosso respeito
Certa vez, eu fui incumbida de uma responsabilidade muito grande de falar a muitas pessoas a respeito do evangelho e o medo tentou assolar o meu coração. Naquele momento, eu parei e fui meditar na Palavra de Deus, que é sempre fonte de sabedoria para as nossas vidas. Abri no versículo que baseia todas as missões na face da terra: Mateus 28.19.
Muitas pessoas, quando lêem esse versículo, se prendem (como eu), apenas no “ide” e no que vem depois. Naquela manhã eu pensei: mas, o que vem antes? O versículo começa com “Portanto...”, o que significa que havia algo nos versículos anteriores de grande importância e que complementaria esta ordenança. E realmente havia! Quando fui verificar, encontrei o seguinte: “E chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto...” (Mt 28.18). Eu fiquei pasma, pois sabia que o “ide” era uma ordenança de Deus para a igreja, mas ainda não tinha percebido que nós temos uma enorme motivação para isso (óbvio, além da nossa simples obediência): o infinito poder dado a Jesus.
Quando saímos para evangelizar, não vamos por alguém que nada fez ou que nada tem. Vamos por alguém a quem foi dado todo poder e autoridade no céu e na terra! A quem foi dado um nome acima de todo nome (Fl 2,9): JESUS! Temos uma verdadeira bazuca espiritual ao nosso lado.
Lembrei-me na hora de Marcos 16.15-18, que também relata a Grande Comissão, falando dos sinais e maravilhas que acompanhariam aqueles que “fossem”, ou seja, que obedecessem o “ide”, pregando a Palavra de Deus. Estes sinais se cumpririam enquanto “fôssemos”. Jesus nos resguarda totalmente com Seu poder e autoridade; como, pois poderíamos temer? E olha que Ele ainda nos deixou a promessa de que estará conosco até a “consumação dos séculos”.
Quando acabei de meditar, só pude pensar em como eu fui insignificante em pensar que o poder que abriu o mar vermelho não me ajudaria naquele momento, uma vez que eu estava “indo”. Nós não temos motivos para não “irmos” em nome de Jesus. Pois se “vamos” com e Ele e em nome Dele, todo o poder e a autoridade do Seu nome estará conosco.
Imagino Jesus sendo recebido pelo Pai depois de sua ascensão aos céus; os anjos comemorando sua chegada, mas preocupados perguntando: “E agora, Jesus, quem vai por Ti?” E Jesus responde, com um sorriso nos lábios: ‘A minha igreja vai por mim. Eu lhe dei não apenas uma ordem, mas também todos os meios para que essa ordem seja cumprida, além da promessa de que sempre estaria com ela. Não há como ela falhar”.
Honre a ordenança que Jesus deixou para você e lembre-se da autoridade do Seu nome.
Daniele Cavallieri
(Maio 2010)
