Hoje cheguei a casa e fui assistir ao jornal da noite. Passava a reportagem de um cavalo que foi queimado por um rapaz que estava embriagado. Todas as pessoas que acompanharam a cena fizeram protestos e chamaram a guarda municipal. O cavalo hoje está bem e faz parte da Infantaria do Estado Maior.
Analisando isso, imaginei a seguinte cena: o cavalo sentado numa cadeira de hospital sendo atendido antes do seu dono, que também está doente. Não tenho nada contra os animais, acho até bonito se preocupar com eles. Recebo sempre e-mails pedindo assinaturas para protegerem os animais, abaixo-assinados diversos (salvem as baleias!), mas interessante: nunca recebi um abaixo assinado Salvem a humanidade! Quando vemos um mendigo na rua (outro ser humano) atravessamos para o outro lado. Não nos preocupamos com qual é a sua história, se tem família ou por que ele está ali.
Algumas pessoas chegam a tratar melhor um animal do que um ser humano. Alguns adolescentes gritam com as mães e são rebeldes com os pais ou, às vezes, são os pais que nem querem saber dos seus filhos. Mas, para o cachorro, a melhor ração é pouco. E quando o bem é feito para objetos (carros, tv’s, computadores etc.), ao invés de para o ser humano residente na mesma casa?
Tenho visto o cumprimento da profecia bíblica de que “o amor de muitos esfriaria”, mas também creio que nós temos que perseverar no amor. Pensamos no outro quando roubamos seu lugar na fila? Ou mesmo quando mentimos para ele? Ou quando ignoramos a sua existência? Não. Jesus não teve atitudes hipócritas com os seus. Ao contrário, entrou em casa de ladrões, andou com prostitutas, curou vários “mendigos”. Jesus olhava as pessoas ao redor com amor, um amor verdadeiro.
“O que é mais importante? Quem sai ganhando afinal? Eu não posso esquecer o essencial: Amar ao meu irmão como Jesus me ensinou, amar ao meu irmão assim como Jesus me amou...”. (Fruto Sagrado – “O Essencial”)
Daniele Carvalho